Depois de um longo, porém, proveitoso jejum, eu volto a mim mesma para escrever. Cansei de achar alguma coisa. Escrever para mim, é a mesma coisa que se livrar de algo, no caso, de mim, ou de outrem. Ao contrário do que muita gente sente no começo de um novo ano, ou de um novo ciclo, não sinto a menor vontade de deixar 2011 para trás. O motivo? Meu ano foi ótimo, e não quero me esquecer dele. Conheci pessoas, produzi coisas que prestam.Trabalhei e muito, e vi alguns projetos se concretizando e outros desmoronando, mais uma vez. Sem “polianices” acho que é assim, e que algo sempre está por vir.
Ganhei muitos presentes preciosos, mais amigos, mais risadas e mais experiência, algumas marcas de expressão, e por incrível que pareça, como não acontecia sempre, me sinto em lucro nessa equação. O fim do ano me trouxe aquela vontade de finalmente doar parte daqueles figurinos que minha pseudo carreira de atriz me solicitou algumas vezes, mas que eu sei, só servem mesmo para criar mais traças no meu guarda-roupa. Doei tudo, e agora tenho mais espaço para guardar meus álbuns de infância, em minhas primeiras reinações . Muito conviccta. Pouco me importa esse serpentário. De uns anos para cá, as novidades aparecem com uma maior frequência na minha vidinha, por causa de movimentos, de rapidez e de desprendimento, todos meus. Acho que finalmente aprendi o valor de quem se arrisca, e de quem entende que esse ímpeto, gerado muitas vezes por uma insatisfação, ou um saco cheio da mesmice é que jogam a gente pra frente, em outros territórios. Tive parceiros, tive sabotadores, mas todos eles acabaram me ajudando de alguma forma. Graças a eles eu aprendi que acreditar e se impor faz parte. Somente agora nesse pequeno balanço eu percebo isso tudo. Vejo o tempo passar por mim, e pelo menos por enquanto, continuo agradecendo.
LIBERDADE
Escrevi essa palavra, para não me esquecer o que ela significa. Nem das consequências das diversas formas de interpretá-la e usufruir dela.
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